Sonhar, Curar, Lutar: Colonialidade, Xamanismo e Cosmopolítica Kaingang no Rio Grande do Sul
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Sonhar, Curar, Lutar: Colonialidade, Xamanismo e Cosmopolítica Kaingang no Rio Grande do Sul
Grupo Livros
Autor | Maréchal Clémentine |
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ISBN | 9788555078255 |
Título | Sonhar, Curar, Lutar: Colonialidade, Xamanismo e Cosmopolítica Kaingang no Rio Grande do Sul |
Editora | Appris |
Ano de Edição | 2019 |
Idioma | Português |
Número de Páginas | 238 |
País de Origem | Brasil |
Acabamento | Brochura |
Altura | 21 |
Largura | 14,8 |
Profundidade | 0,2 |
Peso | 200 |
Origem | Brasil |
Serie/Coleção | vazio |
Volume | vazio |
Sinopse | Nas últimas décadas, os avances do agronegócio no sul do Brasil tem provocado um cada vez mais difícil acesso à terra para os coletivos indígenas que desenvolvem uma relação diferenciada com seu território e os seres que o povoam. Lógicas coloniais e etnocidas permeiam a gestão dos territórios e dos corpos indígenas que se veem incorporados num Estado-Nação que por um lado difunde um discurso igualitário e homogêneo, e por outro lhes nega a possibilidade de serem diferentes. A colonialidade, matriz de poder e base da racionalidade moderna, atravessa as relações entre o Estado, o capital e os mundos indígenas e se reproduz em cada relação que os coletivos indígenas desenvolvem com outros e entre si. Os processos coloniais históricos e contemporâneos modificaram o tecido social e as subjetividades indígenas que, diante destes processos, se empenham em reconstruir seus caminhos, transformando e reelaborando cosmologias e mitologias protagonizando seus processos de resistência. Comumente, a política e a luta pela terra são vistas a partir de um olhar que não deixa espaço a maneiras outras de pensar e sentir o político. Da mesma maneira, o xamanismo é abordado habitualmente como um sistema cosmológico de relação com seres outros, e assim despossuído do seu potencial político e transformador da vida relacional além das esferas internas das sociedades indígenas. Este livro busca apreender o xamanismo como uma força política imprescindível à construção de uma luta pela terra potente e assim o entendemos como horizonte decolonial possível. É a partir notadamente da trajetória de vida de Iracema Nascimento, mulher e xamã Kaingang, que nasceu na Terra Indígena Nonoai (RS) e mora hoje na periferia da cidade de Porto Alegre, que nos propomos entender o xamanismo como um motor da luta pela terra e como uma possibilidade descolonializadora. Sonhos e viagens no norte do Rio Grande do Sul, ao encontro de parentes enfraquecidos em decorrência das difíceis consequências dos enfrentamentos com fazendeiros e com o Estado colonial, são as expressões, nos seus termos, de uma territorialidade e de saberes baseados na complementaridade e no equilíbrio que precisam serem mantidos e reatualizados para a sobrevivência do povo Kaingang. |
Edição | 1 |
LivroDigital | vazio |
Prevenda | Vazio |
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