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Poemas Dissonantes

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Poemas Dissonantes

Grupo Livros

AutorNathaly Felipe
ISBN9786588091098
TítuloPoemas Dissonantes
EditoraReformatorio Editora
Ano de Edição2020
IdiomaPortuguês
Número de Páginas136
País de OrigemBrasil
AcabamentoBrochura
Altura21
Largura14
Profundidade1,1
Peso230
OrigemBrasil
Serie/Coleçãovazio
SinopseA poesia de Nathaly Felipe é comparante e alusiva – tanto no modo ousado, em prol do estranhamento (“Ostranenie”), quanto no modo didático (recorrendo ao “Por exemplo”). Aposta tudo nas imagens, e não faz por menos. Para entrar no jogo, é preciso aceitar que a poesia está inclusive onde a palavra dá um salto (um “pulo / mortal”), onde flerta com a morte (“silêncio”), onde o pulsar da palavra se traduz em “rubro”. Há uma espécie de energia na angústia que coloca em contato bastante próximo a melancolia de ária (“As notas caem / Como gotas áridas”) e a resoluta pulsão de vida (“colérica a vida”). Embora se alimente da subjetividade, essa exposição das vísceras a excede em muito, e acaba por convergir com o fechamento do sujeito, que passa a se mostrar inscrito na exterioridade da paisagem, determinado por ela (“paisagens passeiam-me”). É verdade que alguma eventual “confissão” diz, quase em prosa, a beleza daquilo que é simples e sem palavra (infans), na sua liberdade de origem; mas a verdade é que, em Poemas dissonantes, o mundo todo parece se subsumir às analogias da imagem. Dentro de uma tradição em que a poesia é chamada frequentemente a explicar seus fundamentos e sua razão de ser, toda a “ontogênese” do poema (ou do poeta) depende de que o aceitemos pássaro ou peixe, ou ambos (na figura do belo poema “Icária”). Se, em “Gesto”, a mãe “criava peixes” como flores (sendo talvez legado do momento matricial o gesto de “colher peixes”), o pássaro é reivindicado como figura central e igualmente matricial. O pássaro é a vida mínima, o “sinal ínfimo”, uma asa que plana na superfície de seu voo. É o lugar da leveza, embora carregue os hematomas da destruição. O leitor perceberá que, assim como esse voo de pássaro, a poesia de Nathaly é delicada, dedicada à lógica da asa e do salto. Coloca-se inteira na proximidade anagramática (mais especificamente palindrômica) da “Eva-ave”, para onde confluem a origem, a mulher e o pássaro. Seu voo não se projeta somente no risco do ar, no perigo e no traçado da altura, mas (sendo flutuação de alguma maneira) também se sustenta no líquido, no morno silêncio líquido da vida e da família, numa espécie de simulação de útero. O líquido pode ser entendido como o elemento do sujeito-fêmea. Criatura desse oceano, a “sirena” mantém em proximidade estrita a experiência da poeta (“pássaro-fêmea”) e seu outro (o “canto da sereia” da poesia). Em outras palavras, ainda neste ponto não se trata de uma contemplação tranquila do real, mas
Edição1
LivroDigitalvazio
PrevendaVazio

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