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Os Olhos do Meu Pai

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Os Olhos do Meu Pai

Grupo Livros

AutorMarcelo Nocelli, Menalton Braff
ISBN9786588091944
TítuloOs Olhos do Meu Pai
EditoraReformatorio Editora
Ano de Edição2023
IdiomaPortuguês
Número de Páginas160
País de OrigemBrasil
AcabamentoBrochura
Altura21
Largura14
Profundidade1,4
Peso310
OrigemBrasil
Serie/Coleçãovazio
SinopseO leitor está diante de um livro excepcional. São duas histórias. Uma, o resumo da outra, formada pelas epígrafes. A outra é a contada pela voz do protagonista, na linguagem preciosa das gentes simples. Com as repetições da coloquialidade, que o povo das fazendas usa para reforço de intenção. Cada avanço narrativo recupera o texto anterior, acrescentando uma nova circunstância. A boa técnica da disseminação e recolha, na narrativa. Como numa canção, que começa com um trio de cordas e ao qual vai sendo acrescentado o grito do violino, o langor do violoncelo e o susto do tímpano. Os diálogos entremeados no texto, se não são novidade desde o romance sinfônico, mostram a segurança do autor na condução da leitura. Ele conhece o leitor. Sabe das suas percepções. E as antecipa, nas metáforas muito bem escolhidas. Também percebo o uso de catacreses forçadas, à moda de Eça de Queiroz, que representam transposições – “a voz agachada”, “a surdez dos pés inchados”, “a brisa de lâmina afiada”, “o chapéu ríspido”. De novo a oralidade, na música do texto. O vaivém das lembranças, entremeadas dentro do tempo presente do enredo, é uma mimese das acrobacias mentais que naturalmente ocupam e dominam, contra nós, os nossos pensamentos. Nada é linear. E é nesses volteios, nas pausas, no silêncio do não dito, que se oculta o estorvo e a quebra da comunicação dos sentimentos. E nada é linear, mesmo. De tanto calar, de repente o coração se assoberba e a raiva assoma como correnteza de enxurrada. E de novo a música, agora dissonante, aparentemente confusa e tormentosa. Antecipação. Quem tem olhos de ler, lerá. O início já contém o fim. Esta é uma narrativa em vários tempos e em várias vozes. Falam mais alto um narrador que tudo vê e o protagonista que tudo vive - duas histórias dentro da mesma história, paralelas, tangentes, complementares. Tão profunda uma quanto a outra, enfeitadas da mesma enorme dimensão emocional. Afinal – e a escolha talvez explique muitas coisas dentro da história -, o nome Venâncio, em latim, significa “o que caça”. Joaquim Maria Botelho Jornalista, escritor e crítico literário
Edição1
LivroDigitalvazio
PrevendaVazio

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