- Fernando Fiorese
Olho Reavido
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Olho Reavido
Grupo Livros
Autor | Luci Collin |
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ISBN | 9786555191783 |
Título | Olho Reavido |
Editora | Iluminuras |
Ano de Edição | 2022 |
Idioma | Português |
Número de Páginas | 108 |
País de Origem | Brasil |
Acabamento | Brochura |
Altura | 20,5 |
Largura | 13,5 |
Profundidade | 2 |
Peso | 150 |
Origem | Brasil |
Serie/Coleção | vazio |
Sinopse | amar sem ter é paradoxo de tempo e espaço é sismo sem magnitudeamar sem veramar sem nunca saber é o oco do solilóquio é o virtuosismo do mormaçoamar sem haver, sem nem refúgio nem regaço o solipsismo do osso o insosso do avatar amar sem contemplaramar sem abraço é o aço do estoicismo é esboço de amar, ameaço amar sem abranger é a armadilha da troça bagaço de amar, sobrosso amar sem ter vossa mercê haver-se assim não se possaamar sem ser O “olho reavido” deste novo livro de poemas de Luci Collin preenche o espaço entre o dito e o não dito. Luci ousa na escolha do que enuncia e no silêncio que fala (“o justo pejo do silêncio honrado na palavra feito olho”; “luz sem sombra, silêncio bruto”). Da leitura das imagens dos poemas, concluímos que o olho não é incisivo, que pode ser de “pérola e espanto”, pode ser um coração que sangra e ser ilusório o que vê. Enxerga os entardeceres e o escuro, o da “noite solitária e cega” de uma epígrafe de Agrigento. “Um olho de alcance enigmático e admissível” está também no esquecimento e na memória, “engenho e abrigo” que tornam presente a ausência. “Protege contra lembranças mutiladas”, segue os caminhos da melancolia e do desejo e vê a história fugir “nalgum cavalo fátuo porque tem seu próprio alfabeto.” Memória “de baú primitivo” (“sou longe e existida”): o que já foi e dolorosamente falta. Uma poesia “que resulta de sentimento” — “sim, isso” —, para parodiar uma epígrafe de Wallace Stevens, não teme o lugar do “eu”, aqui um “eu” oblíquo, contido, “severo” ou “extravagante”, que não se sobrepõe à segunda ou à terceira pessoa, nem às coisas (“o que é mais desconforme nisso tudo: eu mesma/ou/essa mesa que pus/com duas xícaras de chá”). Este “eu” está na substância sólida ou na mais etérea, naquilo que o olho vê ou a mão alcança (“eu nessa, tanto o vulto quanto o halo eu nisso”). Em palavras bem escolhidas, que surpreendem e desconcertam, os versos falam “do escasso e do tímido”, “sem permissão de água nenhuma”, e “insistem na exposição da nossa existência rala.” Poesia límpida, sem excessos. Precisa. Existem referências sutis e outras diretas, como a do poema intitulado “Cantares”, que evoca |
Edição | 1 |
LivroDigital | vazio |
Prevenda | Vazio |
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