Autor
- Fernando Fiorese
Autor | Mário Bortolotto |
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ISBN | 9788566887419 |
Título | O Pior Lugar Que Eu Conheço É Dentro da Minha Cabeça |
Editora | Reformatorio Editora |
Ano de Edição | 2018 |
Idioma | Português |
Número de Páginas | 96 |
País de Origem | Brasil |
Acabamento | Brochura |
Altura | 21 |
Largura | 14 |
Profundidade | 0,9 |
Peso | 210 |
Origem | Brasil |
Serie/Coleção | vazio |
Sinopse | Segundo Raymond Carver, o genial contista e poeta norte-americano a quem Mário Bortolotto certamente admira, o escritor é um enviado especial, alguém que traz para o nosso mundo notícias do seu mundo interior. Significa que escrever é, antes de tudo, um ato de generosidade. Neste O pior lugar que eu conheço é dentro da minha cabeça, Bortolotto teve a manha de encarar sem medo seu universo pessoal, para dele arrancar um conjunto de poemas comoventes, em que “pessoas destruídas pelo tempo/ ainda podem conviver com o perigo/ como velhos tênis/ presos pelos cadarços/ em fios de alta tensão”. Se em Um bom lugar pra morrer, de 2010, Bortolotto confessava com falso pudor, e muito humor, sua tristeza, neste livro novo a melancolia já se espalhou por todos os cantos da vida desse homem com um “senso de humor muito esquisito”, que presta atenção em jardins infestados de “formigas argentinas” e “chora baixinho vendo shows de Linda Ronstadt”, numa São Paulo tão fútil quanto violenta, onde “Crianças afogam suas inocentes expectativas/ Num lodaçal de sangue”, ele se sente velho, sem esperanças, em extinção. No entanto, a espada de Dâmocles não está mais sobre a sua cabeça. “Não gozo mais da sorte dos que têm algo a perder”, diz em “Domingo de Páscoa”. O poeta que emerge dessas páginas é um sujeito solitário — a solidão diante da morte cada vez mais próxima talvez seja o tema central do volume—, e o fato de ele estar boa parte do tempo rodeado de amigos não configura nem de longe uma contradição: “Tenho alguns amigos que não saem do bar/ eu confesso que tenho certa dificuldade de voltar pra casa”. Mas neste livro também há espaço para a alegria: “às vezes até me sinto feliz/ quando consigo chegar em casa/ e me deito sozinho na cama do meu quarto escuro/ e a gata vem e fica garimpando/ um lugar quente entre os furos das minhas meias/ nos dedos dos meus pés”, para o desejo: “Mais luxuriante que calcinhas dançando na máquina de lavar”, para a surpresa: “um anjo pisca pra mim de dentro de um vitral” e para a delicadeza: “Agora a neve está caindo/ onde você está dormindo”. E para este lindo verso sacana, atravessado de ironia dylanesca: “Eu sei de todo o perigo que uma jaqueta de couro pode esconder”. Formados por uma única estrofe de versos longos e firmes, escritos num português coloquial sem culpa — embora aqui e ali salte uma expressão mais elevada, sempre autorizada pelo mergulho do pensamento em alguma zona pouco cotidiana —, os poemas deste livro soam co |
Edição | 1 |
LivroDigital | vazio |
Prevenda | Vazio |