Autor
- Micheliny Verunschk, Edipro, Gracilianno Ramoss
Autor | Dina Moscovici |
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ISBN | 9788575775509 |
Título | Não Iria Explicar Ao Vento - Romance |
Editora | 7 Letras |
Ano de Edição | 2009 |
Idioma | Português |
Número de Páginas | 92 |
País de Origem | Brasil |
Acabamento | Brochura |
Altura | 21 |
Largura | 14 |
Profundidade | 0,55 |
Peso | 138 |
Formato | Papel |
Origem | Brasil |
Serie/Coleção | vazio |
Volume | vazio |
Sinopse | No livro de estreia da autora Dina Moscovici, "Não Iria Explicar ao Vento", são os afetos, a paixão e suas vicissitudes que criam e organizam um espaço-tempo muito particular. Elisa, a protagonista, oscila, pendular, entre os vértices opostos de um triângulo amoroso, em uma geometria conhecida e não muito propícia aos finais felizes. Mais do que o desenrolar de acontecimentos, é o ruminar constante da amante sobre seus sentimentos, e os reflexos destes sobre os seres amados, que conduzem a narrativa. O romance se estrutura a partir de um processo passional e muitas vezes delirante, permeado pela espera e pelo retroceder constante e errático ao passado. Sem se definir como a busca de um refúgio na infância, são lembranças seletivas que passam a dar novo significado ao presente e ao caráter da personagem em questão. Utilizando-se de bons recursos de linguagem, a autora se vale de imagens elaboradas, criando uma atmosfera intimista com uma prosa poética típica em descrições e transbordamentos. São os movimentos recorrentes à memoria, porém, que dão maior densidade ao texto, quando forma e conteúdo se sobrepõem para passar a sensação de angústia e aprisionamento que certas paixões resumem. Sabemos que Minkowski e Einstein expuseram a ideia de que o espaço e o tempo dependem essencialmente do observador e são, portanto, relativos, e que a astrofísica discute a possibilidade dos whormholes para se viajar entre diferentes dimensões temporais. Nenhuma ciência ou teoria é necessária, porém, para se reconhecer as alterações decorrentes nas percepções dos apaixonados, quando a química do amor, ou do desamor, também é capaz de deformar o tempo e a importância dada àquilo que vivemos. A ação da dopamina, substância capaz de alterar sentidos enamorados, dependerá da reação de cada indivíduo e da gama possível de desenlaces. No texto de Moscovici, através de devaneios e de imprevistas e repetidas visitas à memoria, em busca de si mesma ou de consolo para o presente, a protagonista demonstra o caráter quase patológico que pode assumir uma paixão, quando a individualidade e a razão somem. Sem buscar requentar a já ultrapassada discussão sobre a existência ou não do sub-gênero literatura feminina, é uma voz delicada e sensível que conduz a narrativa, e elege seu universo de significados. Vale lembrar que, tanto na literatura como no amor, as diferenças são desejáveis e bem-vindas, sendo desnecessário que uma dicção, seus temas prioritários e meios de narrar, seja rotulada por gênero em um universo tão rico de possibilidades. Sobre o assunto, é definitiva a frase da escritora Rosa Montero: “Quero escrever sobre o gênero humano, mas por acaso 51% da humanidade é do sexo feminino”. |
Edição | 1 |
LivroDigital | vazio |
Prevenda | Vazio |