Momo Rei
Grupo Livros
ISBN | 9786553612266 |
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Título | Momo Rei |
Editora | Kotter |
Ano de Edição | 2023 |
Número de Páginas | 152 |
Altura | 23 |
Largura | 16 |
Profundidade | 2 |
Peso | 300 |
Serie/Coleção | vazio |
Sinopse | *** O ridículo do estado atual do mundo é, desde sempre, um assunto recorrente entre satiristas. Em Momo Rei, Adriano Scandolara vislumbra uma dimensão metafísica para esse fenômeno. Tudo começa com o deus Momo, filho da Noite, uma dessas divindades menores, mais lado B, da mitologia grega, tendo como seu domínio o ridículo, o deboche e o escracho. Momo, além de fazer uma pontinha em Hesíodo e em Platão, aparece na obra do fabulista Esopo, que narra o episódio em que ele acaba expulso do Olimpo por criticar a criação do ser humano. Enquanto isso, no Brasil, até hoje temos o costume de celebrar uma figura carnavalesca chamada de rei Momo. Há um estranho silêncio em meio aos mitógrafos no que diz respeito a esse período entre a sua expulsão do Olimpo e o naturalizar-se brasileiro. E o silêncio é território fértil para a imaginação febril. Num estilo verdadeiramente momesco, combinando referências mitológicas, literárias, esotéricas e de cultura de massa de um modo vertiginoso, Momo Rei narra o que teria acontecido enquanto isso, concebendo uma cosmologia que tem, em seu centro, o ridículo entronizado como o senhor deste mundo. *** Momo é uma arapuca, arrancada a carapuça dos prepúcios, de tudo que há, e ri em seu nome — o pai do deboche, também a burla que o nomeia. Um divino cariá, demônio doméstico na ponta da pena à cabeça, pernas pra quê? Te quero amar o risco na eureca que se ao cume inclina, o cume inflige danos — danação da escrita em sua profusão de mundos [velhos novos mundos, todos de invenção]. Vindo do Hades, ai ai, aquele bloco que nunca cessa de passar, balança mas não cai. Momo é a chacrinha dos nomes todos, também suas transações, o castelo ruidoso de cartas caindo, um quebra-cabeças de mil peças em branco quando sopradas pra fora da mesa. Natural de nós, que amamos deuses de importação, Momo é o plugue que nos alivia, de entrada e saída, do inferno perdulário da pecúnia, calunia as casas móveis, chamem a economia dos universos por criar. O balanço dos pratos na balança, um plano de equilíbrio pra terra plana [helás, quem nos livra o livro?], que nos empurra a dentro dos incêndios das referências. Momo é a inteligência improvável no terreno baldio da cultura, a sede inteira sede pura na terra dos meme — dá de comer à terra grávida, enchendo do oco da boca ao olho do cu que nos olha e entrega os memo. Talvez caiba dizer que Momo, o livro, é: uma épica cômica, uma gargalhada delirante que pouco aparece na poesia brasileira, |
Edição | 1 |
LivroDigital | vazio |
Prevenda | Vazio |
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