De segunda a sexta, das 08h às 18h

Sábado das 09h às 17h20

Exceto Feriados.

Siga a Vila

Buscar
Buscar

Lincha Tarado

Por: R$ 49,90

Preço a vista: R$ 49,90

+-
Comprar
Opções de Parcelamento:
  • à vista R$ 49,90
Outras formas de pagamento
Lincha Tarado

Grupo Livros

AutorDalton Trevisan
ISBN9788501017055
TítuloLincha Tarado
EditoraRecord
Ano de Edição1980
IdiomaPortuguês
Número de Páginas144
País de OrigemBrasil
AcabamentoBrochura
Altura21
Largura14
Profundidade0,9
Peso190
OrigemBrasil
Serie/Coleçãovazio
Sinopse(...) Hoje são setenta e cinco dias da morte. E vinte e dois anos do casamento. Dela não guardo queixa. Tão econômica, do dinheiro usava só a metade. Por que não gastou tudo? Não deu, ela acudia. Não tive coragem. Essa roupinha sabe quem costurou? Existe dona igual? Candidata é que não falta. As filhas acham que devo. Viúva moça, solteira de prenda. Até com dentinho de ouro. Alguma que nem mereço. Tão enfeitada e viçosa. Se foi plano de Deus, bem sei, devo me conformar. De dia me distraio na oficina. Mas de noite? Pensando nela me bato a noite inteira. Minha cama, nela eu deitava. Colcha de pena de colibri, com ela me cobria. Doce cadeira de balanço, nela me embalava. Apagada a luz, erguia a camisola. Cego, de repente eu via — no lombinho tão branco duas luas fosforescendo. Saudade judia do corpo? Sinto a vista cansada, mal posso ler. Toda manhã faço a barba, ainda aparo o bigode. Ela morreu — e não raspei o bigode. Três dias que o olho está seco. Me esbofeteio com força. Chora, maldito. Ela, a Maria, que não deixa o sargento. — Já prendo esse vagabundo. — Pelo amor de Deus, sargento. Não faça isso. — Precisa de uma lição, o bandido. Ao nenê faminto ela oferece o bico negro do seio: — O culpado é o Balaio de Pulga. Não cabe mesa nem cadeira. Estreito corredor, dois ou três caixotes, mais os bêbados — sempre lugar para mais um. — O sargento devia fechar. É uma perdição. Do Balaio o João sai cambaleando. Verte em plena praça um rio de espuma — onde ela cai já não cresce a grama. — Segura o hominho! Cuidado, não é a pistolinha na mão? O brado retumbante e dois tiros certeiros na lua cheia. — Aqui não tem macho. Aos tombos chega em casa, mete a botinha na porta. Maria foge pela janela. — Com o hominho ninguém pode. O galo da vizinha não para quieto. João firma-se na cerca, fecha um olho e, no meio do clarim, tiro e queda. — Conheceu, papudo? De manhã a dona volta, ressabiada. Rindo feliz João cerca-a na cozinha. E de pé contra a mesa faz mais um filho.
Edição3
LivroDigitalvazio
PrevendaVazio

Quem viu, também comprou