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Cavalo Marinho e Outros Poemas

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Cavalo Marinho e Outros Poemas

Grupo Livros

AutorRizzo Ricardo
ISBN9788586372384
TítuloCavalo Marinho e Outros Poemas
EditoraNankin
Ano de Edição2002
Número de Páginas136
Altura18
Largura12
Profundidade0,5
Peso110
Serie/Coleçãovazio
SinopseCavalo-marinho,/ por tua mercê/ mande vir o boi/ para o povo vê. Assim se canta, Brasil afora, nos autos do Bumba-boi. Cumpre indagar, contudo, que boi é esse trazido pelo capitão Rizzo e de que forma será feita sua partilha. Os cascos ferem o duro chão de Minas, onde vige "um vastíssimo impedimento", um "desejo/ de eterno assoreamento". Muitos poemas, neste Cavalo marinho, tematizarão justamente, um pouco à maneira de Drummond, a experiência da realidade como obstáculo e postergamento, e um tipo de posse cuia contraface é certa perda de si mesmo: "Como no céu de Minas pairasse/ que eu agora a possuía// e me assustava// e me perdia". Também aqui as pedras no meio do caminho não caem de um céu metafísico, antes rolam da ribanceira da história traindo um passado de jugo e espolia-ção. Porém, à diferença das retinas fatigadas pela lição de que "toda história é remorso", neste livro "toda vingança é recusa". Recusa que nasce no "corpo liso e quente", cresce feito "um míssil/ violento e generoso" e que por vezes apro-xima, no cerne da vindicação, trombadinhas com "febre nos cadarços", a velha avó, "lúcida de um longo vinho", coxos fantasmas, mendigos e excluídos de toda sorte. Donde o tom utópico-profético em vários poemas e a gana de auto-sacri-ficio impondo-se contra o "leniente catecismo'''', fonte de nossa inércia ante o mundo inimigo. Voltando ao animal, a cauda move-se em meio espesso, opaco (lama, sangue ou mercúrio), gerando um tipo de comunicação na qual se afirmam, a um só tempo, as trevas da matéria e o gume do desejo. Imagens de opacidade, aliás, afloram em vários momentos, constituindo talvez uma chave de leitura promissora. Lê-se à certa altura que "tudo é opaca mensagem". Opaco aos nossos olhos é o peixe "que dispara silencioso/ e leve/ dentro da lama/ como um dar-do", opaco (e mecânico), o corpo de Cristo dormindo "nas salinas/ nos estaleiros" ("Corpo de Cristo"), o lodo invencível que "habita inerte o teu corpo" ("Celebração do poeta final") e o grito furioso com que "irrompe vespertina a revo-lução". Curiosamente também, suportar a opacidade sem ódio, como ocorre nas naturezas-mortas de Morandi ("Morandi e o tempo"), é uma forma de redimir a carne "tisnada/ de idade e matéria" e convocar a eternidade. De forma semelhante, ainda no campo do diálogo com as artes plásticas, é possível conservar alguma graça e distinguir cores a partir do cinza que é "trabalho quieto/ dentro da lama" ("Henri Matisse*). Daí que a opacidade seja então, ao mesm
Edição1
LivroDigitalvazio
PrevendaVazio

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