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Chave de Ferrugem

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Chave de Ferrugem

Grupo Livros

AutorLima Ricardo
ISBN9788586372124
TítuloChave de Ferrugem
EditoraNankin
Ano de Edição1999
Número de Páginas80
Altura18
Largura12
Profundidade0,5
Peso100
Serie/Coleçãovazio
SinopseA exemplo do que realizara em seu livro anterior - Primeiro segundo (1994) -, Ricardo Lima volta à carga tematizando os impasses relativos à percepção do tempo. Só que neste novo livro, Chave de Ferrugem, talvez a questão já não seja a da impossibilidade de fixar a experiência - a erótica sobretudo - em seu instante inaugural, ou, como indicava a ambigüidade daquele primeiro título, de observar com nitidez a passagem desse momento ao seguinte. Se lá o que estava em jogo era a difícil decantação do amor ("varrer do amor / o arroz, / um a um // despedida de amianto"), aqui o problema prende-se a um sentimento mais dilatado de impotência perante o tempo que escoa ou se acu-mula. Antes, o espanto vinha da defasagem entre a experiência e seu registro - "cadernos nunca ficam cheios (...) todo caderno velho / traz página não usada" -, agora, ao contrário, o que pesa é não provar "nunca mais nada pela primeira vez" Além de, por outro lado, sofrer-se a passagem dos dias como reiteração estéril: "na tela / continua / o que / não quero // amanhã / é manhã / de novo". Ou: "dias que quase não terminam / do outro lado desta / mesma lesma vida". O corpo acede ao primeiro plano, não mais como receptáculo de "beijos ampu-tados" ou fronteira "à beira de um toque, / céu e dúvida". O poeta, antecipando-se aos perigos que moram "nel mezzo del cammin di nostra vita", adverte os acha ques da idade: "trinta anos, a medida"; "neve azul a idade / tomando os olhos"; "com a idade / atenção ao corpo // ossos se colocam / cicatriz brota de uma perda". Há, como era de se esperar, referências à morte (alheia e própria pontuando os poemas, mas sem a grandiloquência muita vez associada à gravidade do tema. Afi-nal, Ricardo escreve "sem tendência pra tenor (..) nem olhos no infinito". Sua sintaxe é seca e veloz; sua dor, sem trejeitos,"sem sobrenome". Não há vocábulos raros, interjeições dramáticas, colorações noturnas ou truques do gênero. Há também, ainda em comparação com o livro anterior, um diálogo maior entre os espaços externos (a rua e a paisagem de um modo geral) e o espaço doméstico. A casa, cenário de vários poemas, não possui mais janelas fechadas ou portas emperradas contendo a presença da rua, mas é, toda ela, "aberta na manhã". Suas paredes, como um corpo, suportam desgaste, seus móveis acumulam pó e guardam cheiros por intermédio dos quais o passado entra e a família navega. Os sons de fora - "bicicleta rouca / vilarejo e multidão", o sino oculto no céu a convocar
Edição1
LivroDigitalvazio
PrevendaVazio

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