O Tratado teológico-político, que Baruch de Espinosa publicou em 1670, chegou a ser considerado por seus contemporâneos o livro mais perigoso até então escrito. Censurado nos Países Baixos pouco após a sua publicação e incluído no Índice de Livros Proibidos da Igreja Católica, o Tratado entrou para o rol da literatura clandestina. //Em Um livro forjado no inferno, o professor de filosofia Steven Nadler, biógrafo de Espinosa e um de seus principais especialistas, reconstitui o contexto histórico da publicação do Tratado e analisa cada uma das ideias que escandalizaram a Europa. Entre elas, a afirmação feita de que a Bíblia era apenas uma obra humana e não poderia ser considerada literalmente a palavra de Deus.