A obra retoma a alegoria da caverna de Platão para fazer uma articulação com a concepção de sujeito na modernidade, prisioneiro das novas tecnologias da informação e comunicação. Dessa forma, propõe-se a analisar a relação das marcas deixadas pelo humano no mundo – a exemplo da escrita – com a produção de discursos e de práticas de dominação geradas pelas imagens e ecos da caverna moderna. Nesse sentido, busca – através dos campos da linguística, psicanálise e filosofia – estabelecer a diferença entre a fala e a escrita, o sujeito da enunciação e o sujeito do enunciado, o ato vivo transitório e perene em que nos encontramos e os produtos deste ato, os quais produzem a cultura. As implicações dessa diferença são abordadas no plano da prática clínica (intervenções e clínica on-line) e no político (resistência coletiva, fake news).