O craque da Bolsa de Valores em 1929 deu início a uma década de desespero e desânimo ao abrir-se o mais fundo e negro abismo de instabilidade econômica e pobreza da história da América – a Grande Depressão. O efeito cascata do colapso do mercado foi tremendo: muitas empresas que haviam se expandido na década de 1920, graças a uma política de crédito irresponsável, não tiveram condições de mudar a tempo de sobreviver. Em uma questão de dias, o mercado de ações perdeu US$26 bilhões. Calcula-se que perto de 60 mil empresas faliram, entre 1930 e 1931. Em compasso com as falências das empresas, a rede bancária implodiu com a corrida dos correntistas aos bancos, tentando salvar o quanto pudessem. Para muitos, entretanto, já era tarde demais; entre 1930 e 1933, mais de nove mil bancos cerraram as portas. Sem qualquer proteção de seguro para seus depósitos bancários, milhares de pessoas e famílias perderam suas economias, além de seus empregos.
Durante a década de 50, dois temas mundiais permearam a vida americana: consumo e medo. De um lado, o racionamento e o auto-sacrifício impostos pela guerra, na década de 1940, geraram uma demanda reprimida que veio a desencadear-se furiosamente tão logo as empresas converteram suas operações para a produção de bens de consumo. De outro lado, os americanos viveram no receio permanente de que os comunistas dominassem o mundo e da eclosão de outra guerra mundial – guerra que seria definida pela era nuclear. A exportação do comunismo para a China e para a Europa oriental e o domínio da tecnologia de armas atômicas pela Rússia serviram para reforçar esse medo.
"O mundo dos negócios e seus ícones": "O apogeu do capitalismo" aborda esses e outros temas de repercussão mundial que influenciaram o pensamento gerencial contemporâneo. O livro permite um aprofundamento sobre a contribuição de empreendedores e teóricos americanos sobre práticas de gestão e destaca a contribuição de grandes líderes que desempenharam um papel importante no período entre 1930 e 1979.