A ideia de ter uma horta ou um jardim pode parecer inviável para quem mora em grandes centros urbanos. Há quem culpe a correria dos dias atuais, os espaços cada vez mais reduzidos dos apartamentos ou mesmo a falta de habilidade para a tarefa, mas a verdade é que há poucas oportunidades para botar as mãos na terra.
Escrito a quatro mãos — José Arimateas da Silva (horta) e Lisandre Figueiredo de Oliveira (jardinagem), o livro O prazer de cultivar chega para derrubar esse tabu e mostrar que plantar é muito menos complicado do que parece.
A primeira parte do livro é dedicada à horta. O autor José Arimateas da Silva ensina, por exemplo, a escolher o melhor espaço para o cultivo e a considerar a área disponível em casa, qual hortaliça plantar, os solos apropriados para cada cultura, indica o tempo de poda e rega, de exposição ao sol, a época ideal de plantio etc. — tudo detalhado em tabelas explicativas, para que essa prática seja viável e, principalmente, fácil.
Responsável pela parte de jardinagema, a autora Lisandre Figueiredo de Oliveira, além das noções básicas de jardinagem — estrutura de diferentes tipos de solo, adubação, podas, regas e métodos práticos para fazer a multiplicação de plantas —, também detalha, em tabelas, as especificidades de inúmeras espécies e oferece todas as informações necessárias para quem sempre quis cultivar seu próprio jardim. Com um pouco de atenção aos detalhes e munido de certa dose de sensibilidade, essa prática torna-se bem simples.
O livro "O prazer de cultivar" mostra que é possível colocar em prática o plano de ter a própria horta ou o próprio jardim, seja em um pequeno apartamento, um escritório ou em um grande quintal. O livro desvenda segredos, propõe um estilo de vida mais delicado e prova que cultivar pode ser um verbo de conjugação simples e, acima de tudo, prazerosa.