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A Inquisição na América

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Dirce Lorimier Fernandes escolheu estudar a Inquisição tendo como referência duas distintas sociedades coloniais, a da Nova Espanha (México) e a da América Lusitana, no período da Monarquia Dual, ou seja, quando entre 1580 e 1640 castelhanos e portugueses estiveram sujeitos aos mesmos Reis Filipes. Queria entender as normas e as práticas com as quais os representantes do Santo Ofício atuaram, num e noutro lugar. Dirce começa a cultivar o sempre fértil canteiro da História. Já na Introdução, lança a grande questão que norteará seu estudo: “Como devemos entender o fenômeno inquisitorial na América, suas normas e práticas?”. Pois, tal como nos ensina Fernand Braudel, todo tema de história requer um problema, e este é o seu. Para resolvê-lo, debruçou-se sobre os cartapácios processuais, no México e em Portugal, percorreu manuscritos e impressos em instituições brasileiras e, com engenho, soube ouvir os temores dos acusados, as sutilezas das testemunhas e as artimanhas dos inquisidores. Deixou que através das amareladas folhas seus personagens lhe contassem as doídas tramas. Afinal, estava manuseando a nauseabunda monotonia desta literatura de ódio, para usar as palavras de Charles Boxer. Mas não importa. Tanto no México como no Brasil, seja por meio de tribunais ou de visitações, os inquisidores ibéricos usaram o cetro que lhes ofereciam os Regimentos, e fizeram pessoas comuns se transformarem em feiticeiros e bruxos, tal como a autora nos mostra, ao penetrar em diferentes documentos inquisitoriais, nos quais estudou. Deixemos, porém, que a autora, com muito mais propriedade do que eu, nos conte as histórias deste órgão ordenador da sociedade católica colonial, no tempo em que os Filipes de Habsburgo reuniam em si o poder temporal e espiritual, e governavam os ricos impérios ibéricos. Maria de Fátima Costa Universidade Federal de Cuiabá, MT