Seguindo a mesma linha de seu outro livro, "Crônicas brasileiras – as abomináveis classes sociais", também publicado pela Marco Zero, cada crônica de "A Era Patética" trata dos absurdos que vemos por todo o Brasil, revelando as abominações a que estamos sujeitos todos os dias. A pretensão, o narcisismo, o egocentrismo, a arrogância, enfim, o ridículo do ser humano, é uma fonte inesgotável de humor. E neste momento em que vivemos, quando o ter e aparentar são muito mais valorizados do que o ser, o humor torna-se efervescente. Contrapondo-se à idéia de uma ficção, "A Era Patética" dá destaque a histórias do cotidiano das pessoas que constituem o Brasil e seus modos peculiares de ser, de agir e de conviver. "A Era Patética" é caracterizada pela auto-adoração do umbigo e a cegueira em relação ao entorno. Cordialidade, generosidade e solidariedade não fazem parte desta nossa era – e é deste absurdo que essa obra trata.