Sombra e luz, de nossa autoria, é um livro publicado em 1988 e nos proporcionou, à época, talvez o mais caro elogio que pode ser dirigido a uma obra de arte: “Não desejo comparar Clark a qualquer outro poeta, principalmente por sua originalidade...” (Gladstone Murta, em um jornal petropolitano).
Anos mais tarde, em 2002, a poetisa juiz-forana Creusa Cavalcanti França diria, citando nosso novo trabalho, “Em Acorda, poesia, […] o poeta busca no nascedouro, singelezas de emoção, visando alcançar a sensibilidade do leitor universal”.
Bem, aqui temos os pilares desta nossa nova aventura: pretensão à originalidade e singeleza da forma, a serviço da sensibilidade do chamado “leitor universal”. Daí o título Poesia à moda da casa. Tentativa (nem sempre bem-sucedida) de se produzir sabores novos e únicos a partir de ingredientes e especiarias já tão bem conhecidos por todos nós.
Acontece que nossas sobremesas não são exatamente doces e suaves como se poderia esperar após uma degustação assim tão singela, até porque o que temos aqui é, sim, uma refeição simples, mas não uma simples refeição...
As sobremesas, não por acaso, constituem a parte mais densa e complexa de todo o cardápio, pois nossa intenção é, MESMO, conduzir o leitor/comensal, desde o lugar comum até o surpreendente, do banal ao sublime, da letargia ao espanto.
Do risível ao trágico.
À vida, enfim.
Assim, não desejamos finalizar prazeres, mas, quem sabe, perpetuá-los, instigando as papilas do espírito a ousar novos paladares.
Bom apetite.