Sobre verdade e mentira (1896) é um opúsculo que investiga o alcance efetivo da linguagem, sobre a qual se assenta todo o conhecimento da civilização ocidental. Para Nietzsche, a confiança do homem moderno no poder das palavras se funda no esquecimento de que algo que era evidente quando as criou: elas são apenas uma metáfora para as coisas e jamais poderiam encarnar o seu significado. Constata-se, portanto, um desacerto entre o conhecimento intuitivo e as abstrações conceituais. A obra foi ditada pelo autor a um amigo no verão de 1873, mas saiu a lume apenas após a sua morte. A presente edição contém ainda uma seleta oportuna de “Fragmentos póstumos”.