De família judaica e cultura alemã, Franz Kafka teve uma relação difícil com o pai autoritário, experiência que marcou profundamente sua vida e obra.
Em Carta ao Pai, ele expõe, de forma intensa e confessional, os conflitos, as mágoas e a sensação de inadequação que permeavam o convívio entre eles.
Os textos que acompanharam a coletânea ampliam essa reflexão.
O Julgamento apresenta um filho subjugado pela figura paterna em uma narrativa angustiante.
Um Médico do Interior traz um protagonista que enfrenta a impotência diante das expectativas e exigências da comunidade, ao passo que O Foguista retrata um jovem estrangeiro rejeitado pela própria família.
Combinando absurdo, angústia e simbolismo, essas narrativas revelam o peso da herança familiar e os dilemas de identidade, tornando-se um mergulho essencial no universo Kafkiano.