23 de Jun

A Vida É Traição

Raimundo Carrero
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Oferecendo uma outra perspectiva sobre um dos maiores mistérios da literatura brasileira, Capitu: memórias póstumas, publicada originalmente em 1998 pelo renomado escritor Domício Proença Filho, retorna às mãos dos leitores em uma edição com nova capa e texto de orelha assinado pelo poeta Marco Lucchesi.   Capitu: memórias póstumas é a interpretação profunda e reveladora do clássico Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis, feita pelo renomado escritor, professor e pesquisador Domício Proença Filho. Considerado uma das figuras mais respeitadas da literatura nacional, Proença Filho se destaca ao reexaminar os dilemas internos de Capitu e Bentinho, oferecendo uma nova perspectiva sobre os mistérios que permeiam o romance de Machado de Assis. Capitu é uma das personagens mais fascinantes da literatura. Sua história nos chega, inicialmente, como um romance que trata do amor, mas, acima de tudo, do ciúme. Recai sobre Capitu, por força de tal narrativa, a suspeita de adultério. E, principalmente, a afirmação de que, desde a infância e a adolescência, a dissimulação e o mau caráter são seus traços definidores. Estaria realmente o fruto dentro da casca? Seria ela, de fato, culpada? Envolveu-se amorosamente com Escobar, amigo do narrador? Um dos maiores mistérios da literatura universal parece finalmente ter uma resposta – pelo menos na interpretação de Domício Proença Filho. O escritor segue as pistas deixadas pelo Bruxo do Cosme Velho ao longo de Dom Casmurro para desvelar a alma labiríntica de Capitu. E, ainda, lançar nova luz sobre o enigmático Bentinho, um homem capaz de desejar a morte do próprio filho. Ou seria o filho de outro?   “Domício Proença Filho é um machadiano. Conhece-o como poucos. Sabe-o com devoção. Mas não é um machadólatra. E, por isso mesmo, seu texto é saboroso, bem urdido, num jogo de aproximação e distância do enigma Bentinho. Escrito com leveza e insinuações, com releituras realmente instigantes da trama-original, elaborando soluções e deslocamentos de primeira ordem. Fico emocionado com estas Memórias póstumas. Pois que Domício Proença Filho celebra com inquestionável intensidade o amor da literatura. Sobe e desce o alto da Tijuca. Passa pela rua de Matacavalos. Segue pela rua do Ouvidor. Mais que isso: recria uma notável Capitu, amorosa, profunda, indissimulada com as flores do rancor e a força do perdão. Aprofunda a comiseração que recai sobre Bentinho. E reúne uns pares de alusões muito significativos. Dessa espessa trama de memórias