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28 de Mai

Arqueologia do Comando Naval: a Figura do Trierarcha na Era Clássica

Alair Figueiredo Duarte
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Em relação ao comando naval em Atenas, compreendido como o exercício da trierarchia – magistratura e instituição ateniense –, somos remetidos a realizar uma análise de longa duração utilizando-nos das faces da memória. A partir dessa perspectiva, a obra Argonautika, de Apolônio de Rodes, escrita no século III a.C., mostra-se pertinente para a análise das tradições que envolvem o comando naval e as articulações de grupos aristocráticos de Atenas em oposição aos grupos oligarcas atenienses no início do século IV a.C. Se apropriando dos preceitos teóricos de Norbert Elias, presentes na obra A profissão naval, foi possível analisar o cenário de disputas políticas e esforços contra as intervenções pró-esparta na Ática e regiões adjacentes. Desse modo tornou-se possível discorrer sobre a política social e geopolítica ateniense ao início do século IV a.C., sem deixar de mencionar alguns eventos: derrota para Esparta na Guerra do Peloponeso, a Guerra de Corinto e a criação da Segunda Liga em 377 a.C. Inseridos nesse contexto, deliberamos lançar luz sobre o recorte temporal entre 377 e 357 a.C., envolvendo a criação da Segunda Liga e o estabelecimento da Lei de Periandro, a qual permite a divisão pecuniária da manutenção da trierarchia em Atenas. Embora seja questão pacificada na historiografia que o trierarcha deveria financiar a construção de uma embarcação de guerra do tipo trieres, questionamos as dimensões das suas atribuições, tanto quanto as motivações que levariam um rico e proeminente cidadão a se voluntariar a investir e assumir o comando dessas embarcações. Também questionamos se esses trierarchas eram apenas financiadores navais ou exerciam um comando operacional marítimo à frente da sua tripulação.