O livro fala do Brasil até os anos 30, o país era predominantemente agrário, carregando o legado escravista e ainda não existia como nação. Não era uma totalidade política, territorial, econômica e social integrada num sistema. A revolução de 30 instaura uma centralidade política que inexistia na Velha República, inicia uma revolução industrial e uma racionalização do Estado com o propósito de dar nova cara ao Brasil. Enquanto “consciência coletiva” , a nação brasileira rompe com a fragmentação, integrando as partes que a constituíam numa mesma totalidade. Integração, eis a palavra-chave. Do ponto de vista cultural, e sobretudo após 1937, o Estado brasileiro inaugura uma série de políticas públicas, o ensino fundamental, definição do português como língua oficial de ensino nas escolas primárias, incentivo à cultura brasileira visando à construção e ao desenvolvimento da brasilidade (exemplo disso foi Villa Lobos, com os concertos orfeônicos). Nesse momento, são inventados os símbolos de identidade nacional: Carnaval, futebol e samba. (Renato Ortiz)