Para os estudiosos dos caminhos iniciáticos do Oriente, a linguagem parabólica é fonte de constante aprendizado. O mesmo conto pode ser revisitado e continuar surpreendendo.
As parábolas em geral contém múltiplas camadas de interpretação. Cada uma possui chaves diferentes. Pode haver uma chave lógica, outra psicológica, outra cultural, histórica, geográfica, antropológica, cosmológica e assim por diante.
Além disso, uma pessoa pode passar anos sem se deparar com a respectiva chave, que até pode estar diante de si e não ser reconhecida.
O modo de pensar da sociedade atual, fundado em vases de pensamento lógico e convreto, frequentemente rejeita tal abordagem, tendendo a se fixar apenas no caráter fantástico das narrativas.
Uma espécie de vaidade coletiva permeia nossa cultura, que se ufana das conquistas tecnológicas, tornando-se cega para os tesouros ocultos nos pensamentos espirituais.
Nestes Contos Espiritualistas, percebe-se que redescobrir a mísitca das parábolas é uma forma de abrir possibilidades para sua assimilação em nível psicológico e cosmológico.
Convidamos ao leitor para empreender sua caça ao tesouro.