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Senhor da Morte: Capitalismo, Guerra e Tráfico de Escravos - Portugal, Angola e Brasil (1640- 1770)

Maximiliano Menz

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A leitura do presente livro estimulará o avanço da historiografia do comércio escravista luso-atlântico para além do embate entre uma abordagem “triangular” e outra “bilateral”. O autor demonstra o grau de complexidade dos circuitos nos quais se conectavam o capital, as mercadorias e os africanos escravizados. Sua abordagem desse tema clássico desloca o comércio de escravos entre Angola e Brasil do nicho paroquial, a que boa parte da historiografia recente o tem cingido, reconectando-o a um horizonte mais amplo [...] dá continuidade à melhor tradição da história econômica brasileira, mas o faz de forma renovada, inclusive pelo tema principal do livro. Nas interpretações clássicas da formação econômica do Brasil, os laços mercantis-escravistas entre Brasil e Angola não receberam a devida atenção. A lacuna foi justamente criticada pela historiografia que passou a se distanciar daquelas interpretações. Maximiliano Menz, embora siga a corrente historiográfica que, nas últimas décadas, tem sublinhado a importância da África na formação socioeconômica do Brasil, o faz articulando o tema aos grandes debates que estiveram no centro da história econômica ocidental, os quais vinham sendo negligenciados por boa parte da historiografia brasileira mais recente. [...] o livro que o leitor tem em mãos promete abrir uma nova era de debates de um dos temas mais importantes da história do Brasil, a escravidão, mas em sua relação com o desenvolvimento do capitalismo mundial. Há muito se sabe que, ao longo de sua formação histórica, o Brasil foi o maior receptor de africanos escravizados do mundo moderno. Ser o campeão da escravidão na modernidade certamente não é motivo de honra, mas a necessidade de enfrentar politicamente os legados desse passado nefasto ao menos teve um efeito positivo no campo das ciências sociais históricas. A historiografia produzida em nosso país sobre o tema há um bom tempo tem se destacado por sua originalidade e sofisticação. Trabalhos matriciais como os de Pierre Verger, Luiz Felipe de Alencastro e Manolo Florentino ajudaram a rever alguns dos modelos canônicos sobre o funcionamento do tráfico transatlântico de escravos, ao apontarem para as ligações diretas, bilaterais, entre África e Brasil, algo que teria particularizado nosso sistema escravista em relação às práticas vigentes no colonialismo britânico e francês do Atlântico Norte, fundadas na triangulação entre Europa, África e Caribe. Lastreado em uma vastíssima pesquisa documental, Maximil