LivrosNão FicçãoFilosofiaMetafísica de Aristóteles (Vol. Iii - Sumários e Comentários): Volume Iii - Sumários e Comentários

Metafísica de Aristóteles (Vol. Iii - Sumários e Comentários): Volume Iii - Sumários e Comentários

Giovanni Reale

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Hoje em dia não se duvida que os catorze livros que nos chegaram com o título Metafísica não constituem um todo organicamente predisposto e acabado. A Metafísica não é uma obra unitária, mas uma coleção de escritos. Estes não nasceram num mesmo bloco de tempo, mas são fruto de um plurianual esforço de pensamento, de novas meditações e repensamentos. Não obstante isso, uma coisa é certa: existe neles uma unidade especulativa de fundo. Publicar uma tradução da Metafísica de Aristóteles com um comentário constitui um empreendimento árduo e temerário, porque as tentativas já feitas em várias línguas, os comentários, as paráfrases, as exposições e os estudos críticos são tantos e tais, que não é mais possível dominá-los. Além disso, os problemas que surgem para quem se propõe a apresentar ao leitor dos nossos dias o maior texto de filosofia de Aristóteles são de tal envergadura, que pareceria, senão quase impossível, pelo menos muito difícil resolvê-los. O leitor que pretendesse ler a Metafísica como os livros acabados que hoje se publicam (ou como o próprio Aristóteles compunha as obras que publicava), tomaria a pior via, e muito dificilmente chegaria a compreender a sua mensagem precisa. Essa edição se inspira, em primeiro lugar, num moderno conceito de versão. Quem traduz deve ater-se o máximo possível, como ponto de referência, à língua na qual traduz e às suas leis, e assim adequar a esta as da língua da qual traduz. A língua grega é fortemente sintética, as línguas modernas são, via de regra, analíticas. Conseqüentemente, não é possível adotar o critério seguido pelos tradutores latinos, cuja língua ainda é sintética e ainda possui compostos e estruturas próximas da língua grega. Na língua latina se podia comodamente decalcar o original grego ad litteram. Particularmente, os latinos podiam permitir-se não resolver certas dificuldades de interpretação, repropondo, com hábil jogo de neutros e de compostos, a idêntica dificuldade que apresenta a original, sem resolvê-la. Contudo, o tradutor contemporâneo deve analisar e desenvolver o que o grego lhe propõe de maneira sintética e, freqüentemente, como no nosso caso, de modo fortemente abreviado. Para poder fazer isso, o tradutor moderno deve necessariamente interpretar, porque lhe são vetados quase todos os desvios dos quais se serviram os tradutores latinos. Portanto, uma moderna tradução de Aristóteles só ser uma tradução-interpretação. Alem disso, a área semântica dos vário