A pandemia de Covid-19 encontrou a população brasileira em uma
situação de extrema vulnerabilidade social e econômica. O
desmonte das políticas sociais, o crônico subnanciamento do
Sistema Único de Saúde (SUS) e a gestão catastróca da pandemia
promoveram uma “tempestade perfeita”. A tão falada e igualmente
pouco fundamentada visão de um vírus democrático não se
sustentou, e a pandemia revelou e aprofundou as já imensas
desigualdades sociais, levando à sobrecarga de mortalidade e ao
adoecimento de um enorme contingente de pessoas
vulnerabilizadas. Com as estatísticas apresentadas, “Da Gripezinha
à Gripe-Zona” avança o conhecimento sobre as interações da
pandemia com condições sanitárias, sociais e/ou ambientais,
potencializando os efeitos deletérios sobre a saúde da população.