O Jardim de Pipocas

Raimundo Matos de Leão

Avise-me
Para ser avisado da disponibilidade deste Produto, basta preencher os campos abaixo. Ou entre em contato pelo WhatsApp (11) 99539-0321 para consultar estoque das lojas físicas

Este produto não está disponível no momento
Quero saber quando estiver disponível
Aninha sempre reúne os dois netos na varanda de casa, onde conta histórias e ensina valores sobre tradição, cultura e ancestralidade. A avó tem no quintal um jardim de flores brancas como pipocas. Isso a faz lembrar das histórias do orixá Omolu. O mito tem várias versões e, por isso, Aninha leva dias para contar algumas delas. Em uma história, Omolu acorda com feridas e bolhas que ardem por todo o corpo. Nanã, sua mãe, prepara um tacho de pipocas para dar-lhe um banho, que faz as chagas desaparecem. Em outra versão, Omolu já tem as feridas e bolhas desde o nascimento. Com isso, Nanã o abandona próximo ao mar e ele é resgatado por Iemanjá, que o acolhe como filho e cura suas chagas. Iemanjá o ensina a ir pelo mundo curando os doentes. Ela o presenteia com pérolas, que ele esconde sob a veste de palhas por não valorizar as aparências, mas sim a beleza interior. Muitos desconfiam que, além da cura, Omolu traz as enfermidades. Só quando o vento de Iansã sopra forte é que é revelado o segredo das joias escondidas sob a palha. Até hoje, a pipoca é um símbolo de Omolu e está sempre presente em rituais africanos. Tanto as doenças quanto a cura para as enfermidades são associadas ao orixá.