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Cem Novidades: Dissonnettos Anthologicos

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Somente com essa mistura de universos, Glauco já estaria posicionado na contramão da caretice que rodeia a dita forma fixa. Mas o autor paulista escancara que o soneto não é a camisinha da poesia e que o tema “low” — escatologia, homossexualidade, fetiche etc. — sempre serviu bem à literatura de todos os tempos e estirpes, demonstrando o engodo que pode ser a mera demonstração de ginástica formal. Dialogando com o que há de mais vivo na tradição, os sonetos investem contra o mau uso da forma, servindo como antídoto contra todo tipo de conservadorismo. Em Glauco respiram e conspiram Gregório de Mattos e Bocage — para citar apenas dois de uma vasta linhagem de rebeldes. Por isso, uma das importâncias fundamentais […] é a possibilidade de se perguntar o quanto as formas poéticas são também políticas. Por trás de pergunta tão simples, pode-se chegar a respostas que envolvem a própria criação poética ou, mais especificamente, a sua liberdade de linguagem. […] Não restam dúvidas que a fama de forma rígida, facilmente atribuída ao soneto, pode ser usada como bandeira para cruzadas conservadoras, chamando para si a tarefa de elevar a “baixa” produção de uma época. Contudo, dependendo da visão de mundo do autor, de seu comprometimento com a inserção da poesia no seu tempo, etc., a mesma fama pode contribuir para um efeito contrário, de extrema consciência política, estética e comportamental. É o caso do poeta paulista Glauco Mattoso. Ricardo Corona, em 2001, no jornal GAZETA DO POVO