"Este texto é desafiador e ousado. Resulta do grito de uma artista plástica que mergulha no universo filosófico marxista para compreender as relações entre arte, artista plástico e grande público, nos intestinos da sociedade capitalista.
O grande intento perseguido pela autora é propor a democratização da arte, a arte para todos, na contramão do status quo: de uma arte mercadoria para uma arte fonte de humanização. O coração da artista dialoga com a racionalidade humana.
A construção histórica que os homens fazem da sua humanização, uma síntese determinada e determinante, viabiliza os processos livres de criação. Uma visão de mundo, uma consciência dele e uma autoconsciência expressam-se através da arte. Nada justifica, portanto, que o grande público não tenha acesso aos objetivos criados, não desfrutando de uma estética resultante e autoconstituidora do próprio humano.
Esta é a tese da autora." - Prof. Dr. José Luis Sanfelice, Departamento de Filosofia e História da Educação da Faculdade de Educação da Unicamp