LivrosNão FicçãoDireitoContratos, Família e Sucessões - Diálogos Interdisciplinares - 2ª Ed - 2021

Contratos, Família e Sucessões - Diálogos Interdisciplinares - 2ª Ed - 2021

Gustavo Tepedino, Maria Celina Bodin de Moraes, Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka, João Ricardo Brandão Aguirre, Maria de Fátima Freire de Sá, Ana Carla Harmatiuk Matos, Alexandre Miranda Oliveira, Alice de Souza Birchal, Maria Goreth Macedo Valadares, Rose Melo Vencelau Meireles, Ana Luiza Maia Nevares, Eduardo Nunes de Souza, Jacqueline Lopes Pereira, Joyceane Bezerra de Menezes, Carlos Nelson Konder, Anna Cristina de Carvalho Rettore, Luciana Fernandes Berlini, Renata Vilela Multedo, Thais Câmara Maia Fernandes Coelho, Daniel Bucar, Daniele Chaves Teixeira, Danielle Tavares Peçanha, Simone Tassinari Cardoso Fleischmann, Sofia Miranda Rabelo, Taisa Maria Macena de Lima, Bárbara Dias Duarte de Carvalho, Beatriz de Almeida Borges e Silva, Glisia Maris Macedo Vilaça, Laura Stefenon Fachini, Dimitre Braga Soares de Carvalho, Brunna Emanuelle Carvalho Tonini, Carolina de Castro Iannotti

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SOBRE A OBRA O fenômeno de contratualização das relações familiares e das relações sucessórias, tão bem caracterizado na presente obra, confirma a versão de que, no hodierno marco político e jurídico vigente, o Estado somente deve limitar as liberdades individuais em nome de iguais liberdades individuais, ou seja, na exata medida da proteção da vulnerabilidade, seja em qualquer uma de suas possíveis facetas. Na ausência da necessidade de tutela de vulnerabilidades, o Estado deve sobrelevar seu compromisso democrático de valorização da autonomia dos indivíduos na condução de seus interesses individuais, em nome da defesa de um projeto constitucional ancorado sobre as bases do pluralismo e da dignidade da pessoa humana. Nesse sentido, os contratos, como a mais importante expressão da tradicional categoria dos negócios jurídicos e da força jurígena da autonomia privada, impõem-se como instrumento necessário para realização do projeto familiar e sucessório dos indivíduos, quer seja na planificação de interesses existenciais, como o planejamento familiar e a gestação de substituição, ou de clássicos interesses patrimoniais, tais como a escolha do regime de bens do casamento e da união estável até a ampliação da natureza jurídica do pacto antenupcial na atual configuração do casamento. A tendência à privatização da família chancelada pela Emenda Constitucional 66 acabou por transferir o controle da desconstituição familiar para os próprios membros: liberdade e responsabilidade caminham cada vez mais juntas, sendo que cônjuges e companheiros, a partir de uma arquitetura do projeto de vida individual e familiar construído no decorrer do relacionamento é quem devem definir os rumos familiares, a permanência ou não de vínculos pautados no afeto e em outros valores relevantes para si. Não há dúvidas de que há limites a esse movimento, principalmente quando estão em jogo situações jurídicas existenciais e vulnerabilidades, ou seja, em algumas circunstâncias, a responsabilidade com a alteridade deve ser prioritária a qualquer movimento que busque a negociabilidade. As coordenadoras buscaram reunir nesse livro algumas reflexões com o escopo de problematizar dilemas numa “zona cinzenta” interdisciplinar, ou seja, pretenderam problematizar espaços de autonomia negocial tanto no Direito de Família quanto no Direito Sucessório, a partir de novas demandas sociais e realidades familiares. O fio condutor que permeia tais reflexões é exatamente esse: no século XXI, como s