De segunda a sexta, das 08h às 18h

Sábado das 09h às 17h20

Exceto Feriados.

Siga a Vila

Buscar
Buscar

Pé do Ouvido

Por: R$ 49,90

Preço a vista: R$ 49,90

+-
Comprar
Opções de Parcelamento:
  • à vista R$ 49,90
Outras formas de pagamento
Pé do Ouvido

Grupo Livros

AutorAlice Sant''anna
ISBN9788535927382
TítuloPé do Ouvido
EditoraCompanhia das Letras
Ano de Edição2016
IdiomaPortuguês
Número de Páginas64
País de OrigemBrasil
AcabamentoBrochura
Altura21
Largura14
Profundidade0,6
Peso110
FormatoFísico
OrigemBrasil
Serie/Coleçãovazio
Volumevazio
SinopsePé do ouvido se inventa como um poema de formação, gênero que, como se sabe, não existe. Nos romances assim designados, uma personagem jovem parte em viagem e, a cada experiência vivida, forja, por acumulação, sua personalidade e visão de mundo. A narradora de Alice Sant’Anna certamente é jovem, mas já rodou muitas estradas. Entre uma Brook Street qualquer e o Morro Dois Irmãos, o que ela aprende é a perder - certezas, casas ou amores -, aluna aplicada na dura disciplina ensinada por Elizabeth Bishop. Em duas partes assimétricas, no longo monólogo da viagem e no breve recado da volta, ela depura a dúvida. É tão impossível fotografar a lua com o celular quanto apreender a vida na linguagem. Tradutora obsessiva, que a todo momento recorre à poesia japonesa para certificar-se de seus limites, ela confronta palavras (“a diferença entre solitude/ e loneliness qual é?”) e a própria expressão (“se tivesse nascido/ em outro país a voz seria outra/ e as coisas que escreve e pensa/ também seriam outras”). O poema está no que se perde, na tradução e na vida. No que a narradora não chega a compreender inteiramente de uma cultura ou na impermanência fatal de um amor. “o momento em que você percebe/ que está vivendo um momento/ por algum motivo/ um momento mais importante/ que os outros” traduz o instante decisivo de seu périplo banal. Reinstalada num quarto todo seu, a poeta que já viu materializar-se no tédio da casa um portentoso rabo de baleia agora adverte: “do outro lado da porta mora um leão/ é preciso aprender/ a abrir a porta do quarto/ com toda a delicadeza para que o leão/ não acorde”. É nessa delicadeza tensa que Alice afina a sua voz. Ao pé do ouvido, como se sabe, fala-se baixo. Falar assim é conquistar um interlocutor exclusivo e atento: ouvido à altura da boca, rendido por desejo, curiosidade ou apreensão. É cena de intimidade, mas pode ser de ameaça. Drama ambíguo, como o da fera adormecida no cômodo ao lado. Paulo Roberto Pires
Edição1
LivroDigitalvazio
PrevendaVazio

Quem viu, também comprou