A abordagem deste livro não busca classificar os motoboys como heróis, nem como vilões do trânsito, mas antes, compreendê-los como produto e necessidade de um contexto histórico de fin de siècle – especificamente na transição do século XX para o XXI – revelando parte das transformações socioespaciais na capital paulista, embaladas por uma etapa do capitalismo, encarnando dois polos de um mesmo problema, a saber, uma nova condição da cidade e do mundo do trabalho.