Este livro nasceu do pavor diante do apoio crescente dado ao governo israelense por uma parte da comunidade judaica, de seus representantes oficiais ou auto-proclamados, e por numerosos intelectuais franceses, judeus ou não. Pavor também diante da utilização cada vez mais sistemática, pelos mesmos, do tema do crescimento do anti-semitismo ou da nova judeofobia, para desqualificar qualquer crítica da política militar e colonial empreendida deste o final de 2000 pelo governo de Ariel Sharon. Pavor mais generalizado, enfim, diante da via suicida que tomaram a sociedade e os governos israelenses e de suas repercussões sobre uma parte da comunidade judaica da França.