Abc Afro-Brasileiro

Carolina Cunha

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Não existe consenso sobre os moldes do ser “afro-brasileiro”. E, se for possível traçar um retrato dessa fisionomia reunindo qualidades a partir das características coletivas salientes ou impressivas dos mais distintos grupos étnicos, este é igualmente variado e jamais definitivo. Porque é assim que a África empresta ao Brasil suas marcas. Nós não somos exatamente um povo que “tem o pé na África”, mas um povo em cuja alma a África se manifesta. Por aqui, a influência do negro sente-se em toda parte. Não apenas no aspecto físico, mas no jeito de viver. Um jeito alegre, acolhedor, afeito a cores exuberantes, festivo, simples, admirável, sereno, guerreiro, reformador, apimentado. O que o "ABC afro-brasileiro" pretende mostrar são resultados da aproximação entre costumes, histórias e culturas completamente estranhos, fatos e processos de expansão da vida africana em algumas regiões do Brasil, provocados pelo deslocamento geográfico do tráfico e estabelecidos com os reagrupamentos de negros das diversas “nações”, sobretudo a partir do século XVII, à época do regime escravista. E isso inclui a árdua atuação revolucionária, as conspirações, os movimentos rebeldes que aqui se sucederam (como o quilombismo rural, a rebelião malê) e outras numerosas reações contestadoras às camadas senhoriais e à violência sistêmica (como a capoeira, o batuque, o sotaque, o samba, o candomblé). Endereçado aos que desejam conhecer temas fundamentais da cultura negra, esse livro busca iluminar a cena brasileira e sublinhar palavreados que temperam nossa língua com pronúncias divinas e sabores quentes. Em suas páginas, as informações verbais e visuais se entrelaçam para tentar compor a trajetória multissecular de nossa ancestralidade africana. Estamos no dever de lê-lo meditando mais profundamente sobre esses sujeitos ativos e transformadores do real histórico e sociocultural brasileiro.