Totens
Grupo Livros
Autor | Sérgio Medeiros |
---|---|
ISBN | 9788573213690 |
Título | Totens |
Editora | Iluminuras |
Ano de Edição | 2000 |
Idioma | Português |
Número de Páginas | 184 |
País de Origem | Brasil |
Acabamento | Brochura |
Altura | 19 |
Largura | 13 |
Profundidade | 1 |
Peso | 309 |
Formato | Físico |
Origem | Brasil |
Serie/Coleção | vazio |
Volume | vazio |
Sinopse | Uma das coisas que sempre me chamaram a atenção no trabalho de Sérgio Medeiros é o seu quase absoluto desinteresse por uma paisagem humana, por uma paisagem composta apenas pelo homem. Basta ver qualquer um de seus livros de poemas-anotados-como-ficção ou qualquer um de seus ensaios. Um dia, distraidamente, perguntei a ele sobre essa questão. Respondeu rápido que ainda não havia pensado muito bem sobre isso, mas que fazia sentido o meu comentário. Depois, elaborou ainda duas ou três anotações de conversa e demos por encerrado o assunto. Agora, este Totens reúne dois de seus trabalhos mais recentes, ainda inéditos, Enrique Flor e Os eletoesqus. E totem como uma intimidade às avessas, extra-humana e exposta [ainda que proibida]. Tudo a ver com aquela conversa.O primeiro, personagem desdobrado ao infinito da música [estamos diante de um livro que não termina, não tem fim, mas que continua], que vem de um Portugal famigerado, mas retirado antes e depois do Ulisses de James Joyce, como um ''''organista compositor nos Trópicos'''', me parece ser o abismo construído por ele para adentrar essa paisagem devastada, a dos homens, sem perder de vista, principalmente, um nó problemático que pode ser lido em todo o seu trabalho: o sex appeal vegetal.São anotações que armam um pequeno tratado ao contrário sobre o casamento do homem e da arte com a mudez da natureza, é também uma tentativa de tocar mais de perto a alma da mata virgem tropical numa espécie de etnografia torta. Enrique Flor faz parte dessa insuficiência civilizada que, ao chegar aos trópicos, tira a roupa e se refestela com a linha livre de ser quase árvore, quase animal, quase um diabo, quase nada e quase tudo ao mesmo tempo.O segundo, composto de uma coletividade, os eletoesqus, que são uma espécie de pequenos seres encardidos de mundo, muito preocupados em ver e dar notícia do que veem, metidos numa simbiose de vida sazonal com o homem. Esses pequenos seres são, de fato, o bafo quente do verão de um Brasil central que arde e provoca um sem número de miragens: não se sabe onde começam os eletoesqus nem onde terminam os homens e vice-versa, exatamente como o BAFO. E aí a cartografia lendária e ficcional desses seres desfaz qualquer ideia de percurso para tocar o profundo de um país que não se vê, logo, que não se lê, o que interessa é tocar as zonas de superfície onde se desnudam toda moral e todo tabu.Por essas e outras é que esses dois livros de Sérgio Medeiros, agora reunidos sob este elo de adoção To |
Edição | 1 |
LivroDigital | vazio |
Prevenda | Vazio |
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