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Eu, Que Não Amo Ninguém

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Eu, Que Não Amo Ninguém

Grupo Livros

AutorFranklin Carvalho
ISBN9788566887730
TítuloEu, Que Não Amo Ninguém
EditoraReformatorio Editora
Ano de Edição2021
IdiomaPortuguês
Número de Páginas192
País de OrigemBrasil
AcabamentoBrochura
Altura21
Largura14
Profundidade1,2
Peso240
OrigemBrasil
Serie/Coleçãovazio
Volumevazio
Sinopse"No Nordeste dos anos 1960, João de Isidoro recebe uma tarefa do pai de santo para quem trabalha: descer o rio São Francisco até Penedo, em Alagoas, e levar a Francisco dos Anjos, senhor de engenho, um pó que atrai mulheres. Decide, porém, entregar um falso feitiço e sumir com o pó verdadeiro. Como bom anti-herói, João de Isidoro acaba por se submeter aos solavancos de sua sina e se torna empregado cativo de Francisco. Algumas características do protagonista podem trazer à memória do leitor pícaros ou malandros como Leonardinho, de Memórias de um sargento de milícias. No entanto, mais instigante que buscar antepassados literários é pensar no que há de singular neste romance: o modo como apresenta as transformações impostas pelo progresso numa sociedade em que modernidade e atraso, opressão e solidariedade convivem. Durante uma fuga, João encontra Jurupari, ser do folclore indígena. O caboclo assustador diz que ele deveria contar aos homens “todas as coisas que presenciasse naquelas terras, mas deveria esconder os fatos que criassem confusão, e mentir também um pouco”. A magia de uma aparição como essa é contestada adiante: um lobisomem que urra e tenta arrebentar a porta trancada se revela afinal apenas um pobre homem numa situação cotidiana. Absurda, mas cotidiana. O Nordeste interiorano, outrora mágico, está em fase avançada de desencanto. O progresso que expulsa os antigos mistérios é também o que condena um poder baseado numa economia ultrapassada. Como o leitor pode desconfiar, a salvação do patrão reside em João de Isidoro. A mentira preconizada por Jurupari ganha tintas utópicas na narrativa do criado: o engenho pode ser refundado, desde que em novas bases, por meio da conciliação e da participação popular. Detentor de um estilo cuja beleza não precisa jamais se fantasiar de proeza, Franklin Carvalho, como em Céus e terra, merecido ganhador de vários prêmios, parece extremamente à vontade ao retratar um Brasil que resiste à modernização. Se, como disse Picasso, a arte é uma mentira que permite revelar a verdade, Eu, que não amo ninguém, por ocultar de forma habilidosa os aspectos mais brutais de um Brasil patriarcal, desigual e violento numa história de costumes, é verdadeira literatura." Estevão Azevedo
Edição1
LivroDigitalvazio
PrevendaVazio

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